Saí a pé para comprar peixe no supermercado. Parei numa esquina onde um senhor de bicicleta esperava a oportunidade de continuar seu caminho. Carregava uma menina no quadro. Perguntei-lhe se não era perigoso andar por aí de bicicleta, com todos os carros. Não, nem um pouco, ele respondeu, olhando em volta, esticando o lábio inferior. Por que?, ele perguntou. Me observava. Respondi que pensava em abandonar o carro e passar a usar a bicicleta. A menina rosnou com a língua para mim, e achei melhor seguir meu caminho, e deixar o senhor continuar o dele.