Seu João da Padaria.
Seu João, velho nobre e expansivo, possuía mulher e padaria. Acordava cedo, penteava o bigode e abria o comércio. À noite, fazia a contabilidade, trancava o negócio e ia-se. Terça e quinta, saía mais cedo, passava na casa da amante, assistia o jornal e a novela.
Certa terça, Seu João adormeceu na casa da amante. Só foi acordar no final da novela. A amante, mulher corpulenta, contabilista, estava estirada no tapete da sala. Sangue. De pé, na cozinha, Dona Maria Joaquina, esposa. Mulher frágil, de tacanhas maneiras. O marido gaguejou uma explicação. Dona Maria ouviu séria, sem olhá-lo. Respirava forte, lábios hirtos. Seu João perguntava das consequências, enxugava o bigode. Dona Maria, cansada, saiu pela porta da frente e foi embora.
Seu João pensou em ir atrás dela, pensou em chamar a polícia, pensou no escândalo, pensou na padaria. Decidiu ir o quanto antes para casa, mas primeiro passou no banheiro da morta e pegou sua escova de dentes e o pentezinho do bigode.
Certa terça, Seu João adormeceu na casa da amante. Só foi acordar no final da novela. A amante, mulher corpulenta, contabilista, estava estirada no tapete da sala. Sangue. De pé, na cozinha, Dona Maria Joaquina, esposa. Mulher frágil, de tacanhas maneiras. O marido gaguejou uma explicação. Dona Maria ouviu séria, sem olhá-lo. Respirava forte, lábios hirtos. Seu João perguntava das consequências, enxugava o bigode. Dona Maria, cansada, saiu pela porta da frente e foi embora.
Seu João pensou em ir atrás dela, pensou em chamar a polícia, pensou no escândalo, pensou na padaria. Decidiu ir o quanto antes para casa, mas primeiro passou no banheiro da morta e pegou sua escova de dentes e o pentezinho do bigode.
1 Comentários:
Massa! =D
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