Maria no asfalto.
Atrasado, tropecei em Maria, estirada no chão. Dei-lhe água para que crescesse e seus botõtes desabrochassem. Nada sucedeu. Seus olhos eram fixos no pavimento em que teimava ficar. "Deixe-me levá-la", disse, "a calçada é implacável." Nada sucedeu. Ainda com os olhos no chão, deixei-a. À noite, com calma, perguntei à sua mãe qual o problema.
"É que, à criança, coitada, lhe falta um coração."
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial