domingo, 16 de janeiro de 2011

Maria no asfalto.

Atrasado, tropecei em Maria, estirada no chão. Dei-lhe água para que crescesse e seus botõtes desabrochassem. Nada sucedeu. Seus olhos eram fixos no pavimento em que teimava ficar. "Deixe-me levá-la", disse, "a calçada é implacável." Nada sucedeu. Ainda com os olhos no chão, deixei-a. À noite, com calma, perguntei à sua mãe qual o problema.

"É que, à criança, coitada, lhe falta um coração."

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