segunda-feira, 21 de março de 2011

Enamorados.

Oh! To be in love,
And never get out again.
(Kate Bush, Oh To Be In Love)
Eles prometeram se amar até o fim do mundo.
- Para sempre?
- Para sempre.
O tempo passou e o amor dele só cresceu. De fato, ficou enorme como um incêndio. E ela, que tinha corpo de vela, foi consumida até restar apenas o toco. Temendo desaparecer de amor, confrontou-o sobre a obsessão. Recomendou parcimônia, quartos separados, poligamia. Até casamento, esperando que a oficialização de Deus e da rotina contivessem seu interesse assassino. Mas era tarde. Esmaeceu até sumir. Restaram duas ou três fotografias, alguns trocados perdidos e o amor infinito que ele sentia.

3 Comentários:

Blogger guh disse...

O que sobra depois é sempre a parte que eu acho mais bonita nessas histórias.

21 de março de 2011 às 23:54  
Blogger Caio Marinho disse...

O que sobra é a memória do amor, ou o próprio amor, guh? Qual será a diferença, afinal?

22 de março de 2011 às 05:41  
Blogger guh disse...

acho mesmo que o amor sempre sobra e nunca se acaba, caio, talvez só se transforme, lembrar de um amor (e qualquer outro sentimento) é, de alguma forma, manifestá-lo.

23 de março de 2011 às 00:46  

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