terça-feira, 23 de março de 2010

Casting de livros (i).

Minha imaginação tem problemas para construir personagens a partir da descrição de autores. Ao invés disso, para cada uma, seleciono um ator e realizo uma audition mental.

Na trilogia da Fundação, para o papel de Hari Seldon, o psico-historiador que prevê a queda do Império Galático, coloquei Max Von Sydow, mas não o Max Von Sydow velho da Ilha do Medo; nem o novo em O Sétimo Selo. Não. Meu Max Von Sydow é o velho abatido e esperaçoso de Pelle.

É um regra que nem sempre obedeço. Muitas personagens são fragmentos de atores. Meu Mulo, o conquistador mutante da mesma trilogia, é uma figura cartunesca vestida de palhaço. Na minha cabeça, ele é um pouco Randall, a lagartixa roxa e escorregadia de Monstros S.A. Homir Munn, um coadjuvante da saga, é um bibliotecário nervoso: dei-lhe os óculos e o nariz de Woody Allen, mas não a persona neurótica do comediante.

A protagonista Arkady Darrel é uma criança de catorze anos. Escolhi Dakota Fanning - quando mais nova, não a espichada de agora - mas não estou satisfeito. Tentei-a morena. Não melhorou. Tentarei Ellen Page quando retornar à leitura.

2 Comentários:

Blogger guh disse...

Se não existisse uma triste realidade real, seria até legal dizer que essa problemática é o motivo para as pessoas só lerem livros depois de saírem filmes com as caras dos personagens já ditas pra gente.

3 de março de 2011 às 15:06  
Blogger Caio Marinho disse...

Te digo uma coisa, guh: quando eu comecei Harry Potter, antes de sair os filmes, todo mundo era diferente na minha cabeça. Menos o Harry Potter, que tinha a cara dele na capa.

4 de março de 2011 às 00:18  

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